Minha boca se despoja das sentenças
Minhas razões são privadas dos porquês
Minhas mãos movem-se freneticamente
E meus devaneios se fixam em você
A Mais Bela das flores
A qual eu mesmo cativei
Que cuidei como se fosse minha
Mas que quando foi preciso, deixei
Deixei pois não mais me pertencia,
foi criada para viver
E como assim fora criada,
não poderia eu prender
Até por que se eu a prendo,
vou acabar sendo presa daquilo que prendi
Já passei por isso tantas vezes
E agora acho que entendi
Não é possível prender sem assim sentir-se preso
Nem ser dono sem assim ser domado
Por isso me despeço com um beijo
E assisto a partida de quem se vai apressado
Frágil despedida
Para um cidadão sem coração,
Minha alma se sente moída
E meu corpo expressa dor em vão.
Nada mais me faz sentido
A morte a porta bate
E então vou ao seu encontro
Quando o sino da meia-noite BATE !
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